Digital para a infância
 



Cronicas

Digital para a infância

Jacira Fagundes



Digital para a infância


Livro digital já não é novidade para o comércio editorial. Editoras que até pouco tempo dedicavam-se ao livro impresso em papel com exclusividade, hoje se abrem para edições digitais e oferecem serviços de qualidade na área, com os mesmos cuidados que dedicaram e dedicam aos impressos. Para o leitor adulto, que tem o hábito formado de leitura, parece que o digital, ao apresentar o diferencial de peso – no caso – o menor custo, cumpre o desafio a que se propõe: crescimento na propagação da leitura e aceleração de vendas.
O que não muda muito a questão do baixo índice de leitura no país. Apostar na iniciativa, comprar ou acessar gratuitamente, lê o livro digital aquele que se habituou a ler o livro impresso com acesso garantido através de compra ou empréstimo em bibliotecas.
Mas isto não invalidou o processo que, até há pouco tempo, era ainda lento. O momento presente de pandemia e isolamento social, hoje vem beneficiar tudo que é virtual, e traz junto o livro digital, contribuindo com o aumento no acesso aos e-books e similares.
Graças ao baixo custo, pode-se comemorar a presença de um expressivo grupo de adultos interessados em se familiarizar com a leitura, justo pela facilidade oferecida.
Assim como professores, pela necessidade de criarem suas aulas remotas, precisaram recorrer aos livros digitais.
Para o leitor em formação, o que vem sendo oferecido em termos de leitura no formato digital permanece ainda lento. Porém, a criança e o adolescente, tem interesse voltado a jogos e historinhas na internet, apreciam vídeos com histórias musicadas e danças, assistem programas infantis e youtubers, nasceram na era digital e, mesmo os ainda bebês, sabem usar o indicador com maestria para fazer funcionar todo eletrônico que lhes cai às mãos. Qual a razão que os afastaria de apreciar a leitura num espaço tão seu conhecido?
É que o âmago da questão não reside no formato do livro – tela do computador ou tablet, ou papel – mas sim em ensinar e oportunizar ambiente para que a criança aprenda a apreciar a leitura e forme o hábito pela vida afora. Nisto o adulto está falhando – família em parte, e escola, no percentual de responsabilidade que lhe compete.
O mercado editorial vem de um curto tempo, atendendo à questão vista por este ângulo. Mais uma vez alcança a oportunidade de “mais leitura” para estes pequenos e jovens leitores, oferecendo literatura, a maioria de qualidade, no espaço eletrônico.
É momento de pais mediadores e professores mediadores de leitura dividirem com os menorzinhos as tantas impressões e emoções no encontro com fadas, bruxas, animais que falam, amiguinhos de aventura, este mundo lúdico e imaginário em que as crianças crescem e aprendem com as histórias que moram nos livros.
Outros tempos e novos tempos criados pela necessidade. O mundo dos livros se amplia com a presença do digital, e vem conquistar igualmente crianças e adolescentes. O que merece aplausos.






 

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